O filme Eternos, dirigido por Chloé Zhao, vem dividindo a opinião das críticas e do público desde que estreou este ano nos cinemas.
Segundo a diretora, a intenção com o lançamento era ‘’estremecer o mundo Marvel’’ e de um jeito ou de outro pode-se dizer que ela está conseguindo.
A história, que conta com personagens mais humanos, tem trazido muita polêmica e reviravoltas surpreendentes na trama.
Porém, não é todo mundo que está gostando das novas resoluções. E uma delas está relacionada ao final do personagem Kingo Sunen, interpretado pelo ator Kumail Nanjiani.
A polêmica refere-se ao fato da escolha da diretora em não deixar o personagem participar da última batalha na história. Mas apesar de parecer controversa, a equipe explicou que a decisão já havia sido tomada desde o início do longa.
O público não gostou nem um pouco de ser pego de surpresa e protestou contra o final do personagem, o que fez com que a diretora se pronunciasse para esclarecer detalhes sobre a escolha que levou Kingo a se afastar da última luta.
Segundo ela, era preciso ‘’quebrar’’ essa ideia de que todo ato heroico deve ser resolvido através de alguma luta.
Diretora defende personagem após inúmeras críticas
“Nós gostaríamos de, por esse filme, [desenvolver] a ideia de desafiar algumas fundações desse gênero. Nós realmente sentimos como se estivéssemos entrando no estágio revisionista do gênero de super-heróis — acho que [estamos] na beira [de entrar],” disse e completou: ‘’E [no estágio revisionista] da ideia de moralidade preto e branca, da ideia de humanos serem automaticamente merecedores de salvação… Com o que força se parece? E também, da ideia de que você tem sempre que resolver seus problemas no soco. Você tem que ser fisicamente violento para ser heroico, portanto que esteja do lado certo.”, defendeu Zhao.
Kumail Nanjiani como Kingo em Eternos (Reprodução / Marvel)
O roteirista do longa, Ryan Firpo, também saiu em defesa de Kingo, explicando que o personagem tem crenças muito fortes e que não machucar os outros pelo que ele acredita é uma delas. Além de pensar também sobre o fim dos Celestiais, o que poderia acontecer caso entrasse em uma guerra.
“Finalmente encara a ideia de que poderia morrer, e não quer morrer. Gosta de estar vivo. Então há uma decisão a ser tomada. Ele acredita que será morte na certa, mas se ficar de fora, um Celestial pode nascer e tem a chance de continuar, talvez em outro planeta,” esclareceu Firpo.
O filme alcançou a nota mais baixa até agora em um lançamento da MCU.
Elenco de Eternos (Divulgação/ Marvel)
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