O cineasta Martin Scorsese revelou que lamenta não ter trabalhado mais ao lado do ator e produtor Ray Liotta. Ele faleceu no final do mês passado, aos 67 anos.
Martin, 79 anos, é um famoso diretor de cinema de Hollywood e vencedor do Oscar por dirigir o longa-metragem Os Infiltrados.
Ele também esteve à frente de grandes sucessos da indústria como O Irlandês, Ilha do Medo, Cassino, The Woodstock e o clássico O Lobo de Wall Street.
“Tínhamos muitos planos para trabalharmos juntos novamente, mas o tempo estava sempre errado, ou o projeto não estava certo. Lamento isso agora. Quando eu assisti Ray como o advogado de divórcio em História de Um Casamento, ele é genuinamente assustador no papel, e é exatamente por isso que ele é tão engraçado”, declarou Martin.
O diretor escreveu um editorial para o The Guardian em homenagem ao ator e confessou estar muito arrependido de não ter o convidado de fazer mais trabalhos com ele durante sua jornada.
“Lembro-me de sentir que queria trabalhar com ele novamente neste momento de sua vida, para explorar a gravidade em sua presença, tão diferente do ator jovem e alegre que ele era quando o conheci; Eu gostaria de ter a chance de vê-lo apenas mais uma vez também – para dizer a ele o quanto o trabalho que fizemos juntos significou para mim. Mas talvez ele soubesse disso. Espero que sim”, escreveu o cineasta.
Ray Liotta morreu enquanto dormia, na República Dominicana, onde estava gravando seu próximo filme
Ray Liotta ganhou destaque ao atuar no filme Os Bons Companheiros, em 1990. Ele também estrelou o Campo dos Sonhos, em 1989. No filme de Scorsese ele viveu o personagem Henry Hill, em 2005, papel que lhe rendeu o prêmio do Emmy.
Em seu artigo homenageando o ator, Martin também descreveu um momento em que Ray soube pouco antes de filmar uma cena de que sua mãe estava morrendo. O diretor exigiu que o ator deixasse o set para ficar com ela.
“A palavra ‘destemido’ é usada com bastante frequência para descrever atores, e com razão: os atores precisam ser destemidos. Eles têm que pular e simplesmente ir, e eles têm que tropeçar e falhar e correr o risco de parecer ridículos enquanto estão encontrando seu caminho para um papel. Isso é apenas parte do trabalho”, descreveu o cineasta.
“Em Goodfellas, estávamos trabalhando improvisadamente na maioria das cenas, e muitos membros da equipe se conheciam e trabalhavam juntos há anos, incluindo minha mãe e meu pai. Nessa entrou o cara novo, Ray Liotta, e ele nunca perdeu uma batida. Parecia que trabalhamos juntos há anos”, continuou.
“Ele absolutamente me surpreendeu, e sempre estarei orgulhoso do trabalho que fizemos juntos nessa foto [‘Goodfellas’]. Meu coração está com seus entes queridos e dói por sua perda, muito cedo”, concluiu o cineasta em homenagem ao ator.
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Sou a Raio de Luar, mineira, jornalista, especializada em marketing e fotógrafa.
Apaixonada pela escrita, por livros, filmes, séries e por tudo que a arte pode nos proporcionar.