Remake de Nosferatu perde ator, e diretor insinua que produção é amaldiçoada

Anos depois de ser anunciado, o remake do clássico de terror de 1922, Nosferatu, enfim estava evoluindo até que a única grande estrela ligada ao projeto, Harry Styles precisou se retirar por conflitos na agenda e agora o diretor Robert Eggers acha que a produção foi amaldiçoada.

Depois do anúncio da saída de Styles, o cineasta conversou sobre o projeto com o site americano indieWire, parecendo bem desanimado quando indagado sobre o status da produção, e revelando que o longa não perdeu seu protagonista, pois ao contrário do que muitos pensavam, ele não foi definido.

“Cara, eu não sei. Ele caiu em pedaços duas vezes. Eu tenho tentado espalhar a palavra porque a palavra carregava que Harry Styles ia estar no filme. Só quero deixar claro que ele seria (Thomas) Hutter e não o próprio Nosferatu”, ele contou.

Baseado no Drácula de Bram Stoker, o filme original, lançado nos anos 1920, introduz o macabro Conde Orlok, um vampiro que passa a aterrorizar a pequena cidade de Wisborg, após se apaixonar por Ellen, a esposa de Thomas Hutter.

Considerado um dos grandes pioneiros do gênero de terror, o filme foi dirigido por um dos mais importantes realizadores do cinema mudo, F. W. Murnau, com roteiro baseado na obra de Bram Stoker de Henrik Galeen e produção de Albin Grau.

Harry Styles
Harry Styles (Divulgação)

E após tantas dificuldades enfrentadas para conseguir desenvolver o projeto do remake, Eggers ficou tão desiludido, que parece acreditar que o diretor do original possa desaprovar suas intenções e tenha jogado uma espécie de maldição em sua produção.

“Tenho me esforçado tanto. E eu só me pergunto se o fantasma de Murnau está me dizendo, como: ‘você deve parar’”, ele desabafou.

O cineasta insinuou até que o “fantasma” do diretor original possa não aprová-lo, por ele ter intenção de fazer algo totalmente fora do estilo alemão de se fazer cinema.

“O filme (adaptado de Nosferatu em 1979) de (Werner) Herzog, para mim, e eu amo Herzog, ele é um dos meus diretores favoritos, mas eu sinto que é desigual. Amo a partitura, amo [Isabelle] Adjani, amo [Klaus] Kinski, mas, como cenas noturnas iluminadas, o quê? É só Herzog fazendo Herzog. Mas a melhor sequência desse filme, para mim, é chegar ao castelo com Das Rheingold, e eu nem sei se faz sentido no filme, mesmo que seja incrível. Mas, ao mesmo tempo, por causa da história alemã e da história do cinema alemão, era seu direito fazer esse filme, e ele precisava fazer esse filme. Eu não sei. Talvez Murnau esteja me dizendo que eu não tenho o direito”, ele concluiu.

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