CRÍTICA: Um dia para Sempre responde o que está por trás do medo de amar

Filme aborda como velhos traumas podem impedir a felicidade de uma pessoa quando não trabalhados

A nova comédia alemã, Um Dia Para Sempre apresenta Zazie, uma jovem que passou toda sua infância vendo os pais brigando por tudo e a irmã mais velha se tornando uma pessoa amarga, o que a fez desacreditar no amor e concluir que relacionamentos amorosos são ruins.

Durante sua infância e adolescência ela só teve uma coisa boa de que se lembra, seu melhor amigo Philipp, que a acolhia e consolava em todos seus momentos difíceis, e a quem ela apoiou no pior momento dele, a trágica perda de seu pai, quando eles prometeram sempre estar lá um para o outro.

Apesar da promessa, o pânico de relacionamentos acabou afastando os dois, após uma noite de amor, que fez Zazie evitar o amigo por anos, até que ela recebe um convite de casamento de Philipp com sua arquiinimiga Franziska.

Um Dia Para Sempre (Divulgação A2 Filmes)

Convencida que o amigo está cometendo um grande erro, ela decide que precisa impedir o casamento e vai à cerimônia com seu atual melhor amigo Anton com esse objetivo, mas acaba apenas passando por um terrível vexame e caindo em um looping sem fim que a faz reviver o dia do casamento.

O enredo de Um Dia Para Sempre pode até ter um conceito bastante batido, com a personagem principal sofrendo um looping temporal, que ela precisa fazer algo para sair, mas ela não tem ideia de como fazer isso.

No entanto, o filme vai além de repetir inúmeras vezes o mesmo dia com Zazie tentando fazer o que ela acha que é preciso para voltar a sua vida normal, ele mostra a personagem se aprofundando nos seus próprios complexos e sentimentos.

Um Dia Para Sempre (Divulgação A2 Filmes)

Zazie começa a história se achando a pessoa mais esperta do mundo, por manter amizades e não se meter em relacionamentos fadados ao fracasso como o de seus pais, o que a leva a morar com com dois amigos que também não estão muito dispostos a se relacionar, Anton e Patrick.

Porém, durante sua jornada dentro do lopping ela começa a fazer uma autoanálise e ver as coisas à sua volta com menos raiva e descrença.

Depois de focar em acabar com o casamento de Philipp e Franziska e perceber que ela está sendo egoísta, apenas espelhando seu ponto de vista no amigo, e se dando conta de que não é ele que precisa ser salvo, ela passa a focar em si mesma.

Um Dia Para Sempre (Divulgação/A2 Filmes)

A vida toda Zazie acreditou que amor de verdade não existia, e se sentiu culpada pelo casamento dos pais ser, em sua visão, um verdadeiro fracasso, o que a fez fechar totalmente seu coração para o amor, mas durante o lopping ela compreende tudo e transforma sua vida para melhor.

O filme traz ao espectador de forma divertida uma análise dos sentimentos de muitos jovens de hoje em dia, que têm medo de se entregar ao amor e fracassar, seja por ter passado por um péssimo relacionamento, seja por ter presenciado um relacionamento complicado, e passa a pintar relacionamentos amorosos como algo muito ruim, tentando inclusive convencer pessoas a sua volta disso.

Um Dia Para Sempre (Divulgação A2 Filmes)

A lição de moral do fim do filme é muito semelhante a da maioria das comédias românticas, a de que todo mundo deve se dar a chance de amor, sem deixar traumas do passado atrapalhar no que pode ser uma grande história de amor e que às vezes o amor de sua vida pode estar bem na sua frente.

Um Dia Para Sempre pode ser uma boa pedida para quem curte comédias românticas com algumas cenas engraçadas e fofas e sem grandes reviravoltas no final.

O filme chega aos cinemas de todo país em 9 de junho.

E nosso veredicto de Balde de Pipoca foi:

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