Como ser queer impacta a jornada de America Chávez em Doutor Estranho? Presidente da Marvel explica

O Presidente da Marvel disse que é importante representar pessoas LGBTQIA+ nas telonas do cinema, e mostrar que as histórias das personagens não precisam sempre girarem em torno desta característica sobre elas.

Embora o fato de America Chavez ser membro da comunidade LGBTQIA+ no novo Doutor Estranho no Multiverso da Loucura seja algo mencionado, ele não é o mais importante sobre a personagem, disse Kevin Feige.

A presença de uma heroína abertamente lésbica no filme tem causado uma série de controvérsias com povos conservadores ao redor do globo.

Por conta da presença da personagem, interpretada pela atriz Xochitl Gomez, o novo filme da Marvel foi banido em países como Qatar, Kuwait e Arábia Saudita.

Durante uma coletiva de imprensa concedida recentemente para a divulgação de Doutor Estranho (via Comic Book), o presidente da Marvel falou mais sobre trazer America para as telonas. Segundo o cineasta, era importante trazer a orientação sexual da personagem para o filme, pois esta era uma parte essencial dela em sua versão impressa:

“É importante, como sempre dizemos, que estes filmes apresentem o mundo como ele é, e o mundo fora das suas janelas, como eles costumavam dizer nas editoras. Este aspecto da personagem de America é dos quadrinhos. Nós sempre quisemos adaptar eles também e o mais fielmente que pudéssemos.”

Kevin ressaltou o fato de que, apesar de sim, America ser lésbica, os conflitos que ela passa no filme são muito diferentes disso e não tem nenhuma relação com quem ela é. O fato dela ser membro da comunidade LGBTQIA+ é apenas uma característica dela, cuja trajetória engloba uma série de outros temas:

“Eu acho que quando as pessoas virem o filme, assim como é na vida real, não é a única coisa que define uma personagem. Assim como Xochitl disse, ela é uma menina de 14 anos descobrindo este elemento muito traumático em sua vida, que não é a questão LGBTQIA+, mas o fato de que ela está sendo jogada para lá e para cá no Multiverso, múltiplas vezes. Ser verdadeiro a isso e retratar isso, que não é para que o filme foi feito, mas é uma parte importante da personagem que ela se torna nos quadrinhos. Nós queríamos tocar nesse aspecto também.”

“Teremos que lutar”, diz protagonista

Stephen Strange (Benedict Cumberbatch) em Doutor Estranho 2 (Reprodução/ YouTube)

Benedict Cumberbatch, protagonista do filme e dono do papel-título, não consegue acreditar que questões assim ainda são tratadas com tanto preconceito.

Em entrevista divulgada pelo Doctor Stranger Updates, o ator expressou seu contentamento pela Disney e a Marvel não terem se dobrado à pressão popular e manterem a personagem do jeito que ela é no filme:

“Eu gostaria que a gente pudesse ter uma conversa normal sobre isso onde isso não fosse um problema, mas a gente não pode. Então nós ainda teremos que lutar. Nós ainda temos que pressionar por inclusão e igualdade e eu estou bem feliz que de uma maneira pequena, mas em um panorama bem grande, a Marvel e a Disney estão fazendo isso.”

Doutor Estranho no Multiverso da Loucura estreia no dia 5 de maio nos cinemas.

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