Como Everardo Gout contribuiu para Uma Noite de Crime – A Fronteira

James DeMonaco é o criador da franquia Uma Noite de Crime, tendo escrito todos os filmes e dirigido dois deles.

O mais recente filme, Uma Noite de Crime – A Fronteira, tem direção de Everardo Valerio Gout.

Em uma entrevista para o ComicBook, DeMonaco falou sobre o que Gout acrescentou para a sua franquia.

“Acho que ele levou isso a um outro nível. Ele é um mexicano, eu sou um ítalo-americano de Nova York. Então, estou escrevendo sobre esses imigrantes mexicanos, esse casal vindo para a América. A ideia é que, estranhamente, eu queria fazer uma história de amor, que assustasse a todos. Primeiro, eles ficam tipo, ‘O que você quer dizer?’ Eu queria fazer uma história de amor. Essa foi a minha proposta original. Eu fico tipo, ‘Não, não, é uma história de amor sobre um casal que está buscando o sonho americano, mas ainda está vivo?’ E nós seguimos sua situação. Até eu surgir – eles não estavam realmente empolgados – com o conceito de ‘as pessoas não param de purgar’. Esse vírus que começou, eles não podem contê-lo, então eles ficaram animados”.

O cineasta contou o quanto um ajudou o outro durante a produção do filme, e se conversam constantemente.

“Acho que o que o Everardo trouxe para a mesa, eu sei o que ele trouxe. Eu poderia te contar. Eu sei que o que ele trouxe foi esse ar de autenticidade que, não importa quanta pesquisa eu pudesse fazer, ele simplesmente me ligaria, o que eu adoro. Tínhamos um ótimo relacionamento, ainda temos, em que ele dizia, ‘DeMonaco, não é assim que falamos. Nunca diríamos essas palavras dessa forma. Não é assim que os mexicanos falam’. E eu gritaria e ele gritaria de volta para mim e nós dois estamos muito apaixonados, nossas mãos estão balançando no ar. Foi um grande discurso onde, é como se ele gritasse, eu gritei, mas a gente chega a um lugar, eu acho, onde éramos os dois felizes. Acho que ele trouxe essa autenticidade que … Ele também, estranhamente, do outro lado de ter apenas a experiência mexicana, sendo um homem mexicano, ele também morava em um rancho, que era a coisa mais estranha”.

A Fronteira se passa em um rancho, e o que ajudou a construir o filme foi que a família de Gout tem um rancho no Texas.

“Ele também tinha alguém em sua família que tinha um rancho no Texas, então ele tinha um grande conhecimento da vida no rancho, que era tipo, uau. Essa era a parte da equação que nos preocupava, eu também me preocupava, porque nunca morei em um rancho. Eu sou um garoto da cidade. Ele apenas trouxe essa grande autenticidade, os dois lados da moeda no filme. Ele também ajustou e corrigiu … Apenas a cultura mexicana e a política mexicana, o que os mexicanos pensam da América, mesmo quando vêm para cá. Ele não fez nada parecido com ‘Oh, América, a Terra Prometida’. Não é que eu escrevi, mas ele se certificou de que o guardássemos no bolso certo. Esses pensamentos sobre os mexicanos vindo para a América, por que eles vêm, como se sentem quando estão aqui, e isso foi tudo, digo, é tudo de Everardo. Se parece real, é por causa dele”.

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