A cúpula executiva da Netflix admitiu que está perdendo espaço no mercado para os concorrentes, e a nova estratégia é abraçar o papel de ‘coitada’.
Bela Bajaria, chefe de TV Global da plataforma esteve no Banff World Media Festival (via Variety), e disse que se sente como se o streaming tivesse perdido o status de favorito do segmento. “Está tudo bem. É legal, é um bom lugar para ser o preterido”, disse.
A executiva admitiu que a produção de conteúdos da plataforma tinha sido reduzida para acompanhar os baixos lucros, porém ela garante que não irão parar de investir em produtos originais como havia sido prometido anteriormente:
“Neste ano, esperávamos gastar 17 bilhões de dólares em conteúdo, e isso não mudou de maneira alguma. Temos tido um crescimento bem mais vagaroso do previmos. Iremos continuar a criar mais conteúdo mas porque o crescimento está devagar, reduzimos a velocidade de criação também paralelo a isso, mas não iremos reduzir os investimentos.”
Bajaria também nega os rumores de que a Netflix estivesse planejando uma grande mudança em sua estratégia e maneira de apresentar seus conteúdos. Para ela, o que a empresa se comprometeu a fazer está dando certo e eles não planejam mudar:
“Para mim, olhando para a situação, o negócio funciona. Quando fazemos um programa ótimo como Stranger Things, as pessoas assistem e falam a respeito. A ideia de assistir tevê ou streaming pela internet está aqui para ficar. Nós não iremos ter uma mudança abrupta no nosso modelo de negócios. Nós não vamos fundir, nem estamos tendo uma fase de transição.”
Netflix quer garantir produtos de qualidade, diz executiva
Bela também reafirmou o compromisso da Netflix em produzir conteúdos de qualidade e manter uma base de assinantes fieis através disso. O grande desafio constante da companhia é apenas inovar nos conteúdos sem perder a marca da qualidade que fez o streaming tão bem-sucedido no segmento:
“Para mim é sobre a missão que temos: fazer séries de tevê e filmes de qualidade. Nós não temos outra distração, temos que fazer isso e fazer bem. E eu não vou aceitar um não como resposta. É sobre voltar para o básico. Para executivos de criação, fazendo conteúdo é, estão acontecendo reuniões com os roteiristas, produtores e diretores? Estamos tentando coisas diferentes?”
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Gaúcho, graduado em Letras, apaixonado por drag e filmes e séries de terror.
