TikTokers parodiam Bridgerton, fazem dinheiro e irritam Netflix: “roubo de propriedade intelectual”

Artistas famosas no TikTok estão lucrando com musical que criaram, mas não querem pagar por direitos autorais

Shonda Rhimes, a produtora executiva de Bridgerton, decidiu emitir sua opinião no processo envolvendo a Netflix e as influencers do TikTok e cantoras profissionais, Abigail Barlow e Emily Bears.

Acontece que, ao final de 2020, quando a série estreou, o mundo estava em quarentena por causa da COVID-19.

Com isso, as duas artistas, após assistirem aos episódios da primeira temporada, decidiram compor várias músicas baseadas na série e as apresentaram aos seus seguidores no TikTok, se tornando virais na rede social.

Com uma coisa levando à outra, elas viram o projeto saltar das telas do celular e ganhar mais corpo quando decidiram desenvolver um musical inteiro.

Kate Sharma (Simone Ashley) em Bridgerton (Reprodução / Netflix)

O empreendimento se tornou um sucesso e acabou virando o álbum The Unofficial Bridgerton Musical, que chegou ao primeiro lugar no iTunes US Pop Chart e levou a dupla a ser nomeada como Melhor Álbum de Teatro Musical no Grammy Awards de 2022.

Recentemente, em 26 de julho as cantoras encenaram seu musical no prestigiado teatro John F. Kennedy Center for the Performing Arts e foram altamente elogiadas tanto pelo público quanto pela crítica, que esgotaram os ingressos

A Netflix, entretanto, não ficou nada satisfeita com a situação e decidiu processar todos os envolvidos com o projeto por violação de direitos autorais.

A gigante do streaming informou que fez várias tentativas de negociar com as duas artistas e a equipe delas, porém, não tiveram sucesso.

Regé-Jean Page e Phoebe Dynevor em Bridgeton (Reprodução)

Depois que a notícia foi divulgada, o site Playbill decidiu compartilhar a declaração que Shonda Rhimes emitiu a respeito de toda a situação e manifestando, obviamente, seu apoio à Netflix.

“Há muita alegria em ver o público se apaixonar por Bridgerton e observar as maneiras criativas com que expressam seu carinho”, iniciou ela. “O que começou como uma celebração divertida da Barlow & Bear nas mídias sociais se transformou na flagrante tomada de propriedade intelectual exclusivamente para as duas cantoras. Se tornou um benefício financeiro para elas.”

“[Mas] Esta propriedade foi criada por Julia Quinn e trazida à vida na tela através do trabalho árduo de inúmeras pessoas. Assim como Barlow & Bear não permitiriam que outros se apropriassem de sua propriedade intelectual para obter lucro, a Netflix não pode esperar e permitir que elas façam o mesmo com Bridgerton“, finalizou Rhimes.

Até o momento, as cantoras ainda não se manifestaram em relação à declaração da produtora. As duas primeiras temporadas de Bridgerton estão disponíveis na Netflix.

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