Preparador de elenco da Globo acusado de abusar sexualmente de atrizes será julgado nesta terça

Sergio Penna será julgado por quatro acusações de violação sexual a partir desta terça-feira

Conhecido por trabalhar com grandes estrelas da Rede Globo como Rodrigo Santoro, Juliana Paes e Deborah Secco, o preparador de elenco, Sergio Penna, foi acusado de importunação sexual e será julgado pelo crime a partir desta terça-feira (09).

O processo contra o ex-funcionário da emissora foi aberto por alunas de cursos que ele ministrou entre 2013 e 2019, que alegam que ele se aproveitava da posição de poder e fama para abusar sexualmente das vítimas.

Quatro denúncias de crime de violação sexual mediante fraude contra Penna foram protocoladas pelo Ministério Público, afirmando que ele teria tocado nas nádegas de duas mulheres e forçado outras duas a tocar seu genital, além de tentar beijar outras tantas.

Camila Queiroz, Sergio Penna e Deborah Secco na preparação para Verdades Secretas (Reprodução/Instagram)

A primeira audiência que ocorre na tarde desta terça-feira (09), no Rio de Janeiro, contará com o depoimento de 11 vítimas do acusado, todas ex-alunas que o acusam de abuso sexual cometidos em workshops e confraternizações das turmas que ele ministrava.

Das 11 mulheres que acusam Penna que estarão presentes na audiência, quatro serão ouvidas como vítimas, e as outras sete apenas como testemunhas, devido elas terem sofrido os abusos antes de 2018, quando a lei da importunação sexual foi sancionada.

A advogada de acusação do caso, Luciana Terra, revelou em uma recente entrevista ao site Universa, do UOL, que Penna está sendo acusado não só no Rio de Janeiro, mas também em São Paulo e em Brasília, somando cerca de 40 denúncias de mulheres que foram vítimas dele, algumas menores de idade na época do abuso.

“Ele é um assediador em série. Tem um modus operandi de organizar workshops para jovens atrizes, muitas delas menores, almejando uma carreira artística, vulneráveis, que não reconheciam nada daquilo como assédio. Durante as aulas, ele passava a mão, fazia convites, agarrava, e elas tinham medo de denunciar”, ela contou.

Sérgio Penna ministrando um de seus cursos de atuação (Reprodução/Twitter)

A advogada também apontou o fato do acusado se aproveitar das vítimas serem jovens, que não estavam acostumadas ao meio, o que as deixava em dúvida se os atos dele não eram “normais” naquele mundo.

“As mulheres ficavam na dúvida se aquela forma excessiva era o jeito de ser dele e, portanto, não havia maldade na atitude, ou se era uma forma de abuso sexual. Assim, em diversas ocasiões, os atos libidinosos eram tidos como ações praticadas ‘sem querer’ ou sem cunho sexual, conseguindo o indivíduo satisfazer sua própria lascívia através do meio fraudulento empregado”, ela explicou.

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