Ao longo das últimas décadas, as fictícias histórias do canibal Hannibal Lecter ganharam várias adaptações no cinema e também na televisão americana, que dedicou uma série ao sofisticado serial killer.
Nos cinemas, Lecter foi eternizado por Anthony Hopkins que viveu o macabro assassino em três filmes. Porém, não foram os violentos e repercussivos crimes do psicopata que lhe renderam sua última polêmica.
Ganhando três temporadas, a série Hannibal foi uma das últimas produções inspiradas em Hannibal Lecter, mas ganhou os holofotes quando foi acusada de um suposto queerbaiting.
Nos cinemas e na televisão, queerbaiting é um termo usado para criticar uma produção que explora um possível relacionamento LGBTQIA+ exclusivamente para atrair mais audiência.
Na televisão, Hannibal foi uma das séries acusadas de queerbaiting e, embora a produção tenha sido cancelada em 2015, as acusações ainda são um fantasma para Bryan Fuller, o seu criador.

Na série, alguns fãs ficaram enfurecidos quando a série provocou uma espécie de romance entre Hannibal e Will Graham (Hugh Dancy), mas não levou a relação aos finalmentes.
Lecter e Graham, por exemplo, têm vários momentos íntimos, mas nem sequer um beijo entre eles aconteceu.
Agora, Fuller foi provocado sobre o queerbaiting de Hannibal, afirmando que essas acusações são “cínicas e um pouco idiotas.”
O comentário do roteirista sugeriu durante uma entrevista ao IndieWire, na qual Fuller falava sobre a sua mais nova série: Shudder LGBTQ+ Queer for Fear.
“Eu estava tentando contar uma história autêntica porque acho que explorar o queer de um ponto de vista heteronormativo é um caminho complicado. Certamente começou como um casal não-sexual do mesmo sexo experimentando uma intimidade maior do que nunca.”
“Eu nunca senti que estava fazendo queerbaiting. Acho que é uma palavra do momento para muitas pessoas encontrarem algo para reclamar porque parece que foram enganados ou enganadas”, afirmou o roteirista.

Reforçando o seu ponto de vista, Fuller deixou explicito que o relacionamento entre os personagens era algo platônico e que, por isso, não era necessário cenas e momentos afetivos entre Lecter e Graham
“Estou tão orgulhoso da estranheza explícita desse relacionamento. A crescente estranheza do que está acontecendo entre Will e Hannibal nunca pareceu exploradora. Parecia autêntico sobre alguém que uma vez se identificou como heterossexual tendo um relacionamento íntimo e complexo com alguém do mesmo sexo”, Fuller concluiu.
Hannibal está disponível no Prime Video.
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Baiano, mas nascido em São Paulo, sou fascinado pelo cinema e a cultura pop e hoje me dedico à redação do ePipoca.