Netflix tenta driblar crise com reunião secreta com criadores de conteúdo

Empresa quer provar que ainda tem dinheiro para investir em filmes e série

Depois de ter uma queda acentuada de ações, e uma baixa na crescente de assinantes, anunciada como resultado do primeiro trimestre de 2022, a Netflix não quer cair mais e decidiu mandar um recado claro para os cineastas e produtores de conteúdo dizendo que ainda tem muito dinheiro para produzir e divulgar.

O co-CEO, Ted Sarandos, o chefe da divisão de filmes Scott Stuber e a chefe da divisão de TV, Bela Barjara chamaram os profissionais do setor audiovisual na chincha.

Segundo o site The Hollywood Reporter, reuniões estão sendo feitas entre os envolvidos desde a queda das ações em abril para tranquilizar cineastas, e showrunners, e mostrar até mesmo com provas que a empresa continua capitalizada, e que a situação atual vai mudar com ela continuando a competir, e não dar o jogo por vencido contra os concorrentes.

Um dos números apresentados nessas reuniões foi de 17 bilhões de dólares, valor investido em produções no ano de 2021, e que segundo a Netflix vai se repetir tanto em 2022 como em 2023.

E pelo visto ela deve gastar muito mais, segundo uma fonte ouvida pelo veículo, se apoiando nos seus mais de 200 milhões de assinantes pagantes que lhe dão peso financeiro.

Isso foi mostrado recentemente com a criação de um reality baseado em Round 6, que vai dar um prêmio de 4,56 milhões de dólares ao seu vencedor, e também por ter adquirido um pacote de filmes no Festival de Cannes deste ano pelo valor de 50 milhões de dólares.

Porém, para controlar as despesas é possível que haja ainda uma rodada de demissões que vem sendo planejada muito antes de a gigante do streaming deixar de ser a queridinha do mercado de ações.

E isso também pode impactar a linha de séries da Netflix, que segundo os executivos devem durar até no máximo três temporadas, evitando que fiquem com valores totais de produção absurdos, e ainda possam abrir espaço para um número maior de atrações.

Sarandos, ainda segundo a fonte, acredita que os espectadores ficam entediados após três temporadas, ou quando percebem que determinada série tem um número muito alto de episódios. O novo passo dele seria se desvencilhar da TV tradicional, e não pautar mais as séries com um número definido de temporadas, ou mesmo de episódios.

A ideia também seria imitar o Disney+ e apostar em seis episódios em vez de nove, como as novas séries da plataforma têm sido atualmente, uma ideia que os diretores ainda estão relutantes devido os investimentos necessários.

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