Netflix dá chega pra lá em funcionários reclamões e adota postura ‘a porta da rua é a serventia da casa’

Empresa emitiu comunicado a funcionários que se recusam a trabalhar com determinados conteúdos

A Netflix segue passando por mudanças internas e externas. Recentemente, a plataforma anunciou alterações em sua estrutura interna, com uma espécie de mensagem para seus funcionários.

A mudança tem como objetivo informar de forma clara, que a empresa poderá trabalhar com conteúdos mais polêmicos, e quem não concordar, pode deixar a empresa de streaming.

“Dependendo do seu papel, você pode precisar trabalhar em títulos que considera prejudiciais. Se você achar difícil oferecer suporte à nossa amplitude de conteúdo, a Netflix pode não ser o melhor lugar para você”, disse a empresa em documento oficial.

A empresa explicou o motivo da mudança:

“Deixamos que os espectadores decidam o que é apropriado para eles, em vez de fazer com que a Netflix censure artistas ou vozes específicas”.

De acordo com The Wall Street Journal, uma fonte oficial da empresa afirmou que a Netflix vem pensando nas novas alterações durante um ano e meio. A mudança foi uma forma de se posicionar para seus funcionários.

Especial considerado transfóbico foi o estopim

Uma situação exemplo foi quando a Netflix apoiou o comediante Dave Chappelle, com seu stand-up The Closer, disponível no catálogo da empresa. O programa foi acusado de transfobia, mas não foi retirado do ar.

A repercussão gerou protestos na rua em frente aos escritórios da plataforma, em Los Angeles, nos Estados Unidos.

Durante o momento, o co-presidente executivo e diretor de conteúdo da empresa, apoiou o programa por meio de e-mails. Diversos artistas se pronunciaram em apoio ao protesto contra a empresa.

“Eu apoio os funcionários trans, não binários e BIPOC da Netflix lutando por mais e melhores histórias trans e um local de trabalho mais inclusivo #NetflixWalkout”, disse o ator Elliot Page.

Quando o assunto chegou ao Brasil, a ANTRA, Associação Nacional de Travestis e Transexuais também pediu que influenciadores bancados pela plataforma se posicionassem.

Cadê as LGBTQIA+ (especialmente as influências) brasucas que recebem seu bom cachê em parceiras e propagandas com a dona Netflix se posicionando sobre a transfobia do especial do Dave Chapelle na plataforma?

Em uma de suas apresentações presenciais, o humorista Dave Chappelle disse: “Cara, eu adoro ser cancelado”. A situação aconteceu diante de uma plateia para mais de 19 mil pessoas, em São Francisco, nos Estados Unidos.

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