Morre no Rio de Janeiro o ícone da TV brasileira Milton Gonçalves

Família agradeceu por energia positiva e apoio dos fãs e garantiu que ator fez uma passagem tranquila

A TV brasileira sofreu uma grande perda nesta segunda-feira (30), com o falecimento do icônico ator e diretor Milton Gonçalves, após complicações causadas por um AVC, que o levaram a óbito por volta de 12h30, em sua casa.

O astro, que estava com 88 anos de idade, vinha sofrendo de diversos problemas de saúde decorrentes de um acidente vascular ocorrido há dois anos, durante uma feijoada em que ele participava na quadra da escola de samba carioca Salgueiro, que o deixou por três meses hospitalizado, respirando por aparelhos.

Contatada pelo site Splash, a filha do ator, Alda Gonçalves garantiu que o pai teve uma passagem tranquila e agradeceu em nome de toda família por todos aqueles que torceram pelo restabelecimento da saúde dele e agora prestam apoio.

“Agradecemos ao público que gostava dele o carinho e a força positiva que todo mundo teve com a gente. Que todo mundo tenha a certeza absoluta de que ele foi em paz, com muita tranquilidade, ao lado da família. Foi encontrar minha mãe e fazer muita arte lá em cima”, ele disse.

Segundo as informações enviadas pela família à imprensa, o velório de Milton Gonçalves vai acontecer no Theatro Municipal, no Centro da capital do Rio de Janeiro, nesta terça-feira (31), ainda sem horário confirmado.

Milton Gonçalves em O Tempo Não Para (Divulgação/TV Globo)

Fundamental para a história dos artistas negros da televisão

Natural da pequena cidade de Monte Santo, em Minas Gerais, Milton Gonçalves, que completaria 89 anos em 9 de dezembro, foi morar em São Paulo ainda criança, onde fez teatro infantil e amador, e estreou profissionalmente em 1957, na peça Ratos e Homens, de John Steinbeck.

Após fazer um pouco de teatro e cinema o ator foi convidado a participar do elenco da Globo, onde ele lutou por um maior reconhecimento do trabalho dos atores negros e conseguiu vencer preconceitos, conseguindo papéis de destaque ao longo de sua carreira.

Só na Globo Milton Gonçalves acumulou mais de 40 trabalhos entre novelas, minisséries e programas humorísticos, como: Irmãos Coragem (1970), A Grande Família (1972), Escrava Isaura (1976), Carga Pesada (1979) e Caso Verdade (1982-1986), entre outros.

Outro de seus trabalhos de grande destaque foi a segunda versão da novela Sinhá Moça (2006), onde ele interpretou Pai José, papel que, inclusive, lhe rendeu a indicação para o prêmio de Melhor Ator no Emmy Internacional.

O último trabalho de Milton Gonçalves na televisão foi uma participação como o catador de materiais recicláveis Eliseu, na novela da TV Globo O Tempo Não Para (2018).

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