De Repente Drag: Filme maranhense ganha espaço em festival LGBTQIA+ de cinema

O filme De Repente Drag é uma porta aberta para o cinema brasileiro, no âmbito do pertencimento regional e da diversidade.

Se até hoje os títulos nacionais encontram dificuldade em ocupar espaço nas salas de cinema do próprio país, obrigados a disputar com produções milionárias de estúdios consagrados e internacionais, faz sentido que conquistas como essa sejam celebradas.

A participação do longa no festival de cinema LGBTQIA+ é um passo adiante na consolidação de um cinema genuinamente amplo e com raízes mais nacionais que nunca.

Ambientado no Maranhão, o filme acompanha o jornalista Julião Siqueira, cansado de ser piada na emissora em que trabalha e receber sempre as piores matérias, decide que é hora de mudar.

Ele conhece a drag queen Lohanny, envolvida em um caso de tráfico de pessoas. O jornalista vê na situação da drag uma oportunidade perfeita para sua mudança de cargo, mas, para isso, precisará entrar de cabeça no Universo drag queen e descobrir a história que permeia os segredos dessas figuras, enquanto se vê obrigado a deixar para trás preconceitos e estigmas sobre a comunidade e a arte drag.

O filme é fruto de investimento da Agência Nacional do Cinema (ANCINE), e a diretora defende a urgência de que produções como essa sejam valorizadas e prestigiadas no cinema, em retorno à criatividade e perfeccionismo de toda a equipe envolvida:

“É um filme independente, feito com um orçamento bem abaixo do visto nos filmes brasileiros, gravado no Maranhão por grande parte de equipe local então ouvir feedbacks tão positivos quanto os que ouvi aqui hoje nos enche de orgulho” foram as palavras da diretora Rafaela Gonçalves.

Apesar da aparente simplicidade, o filme esbanja visuais muito bem acabados e conta com a presença de artistas consagrados, como Ruan do Vale, Luna Gandra, Al Danuzio, Silvero Pereira, Tchaka, Pepita e Silvetty Montilla.

De Repente Drag terá sua estreia nos cinemas a partir de 4 de agosto, e será a produção de abertura do festival LGBTQIA+ do Rio de Janeiro, que acaba de completar 11 anos.

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