Daniel Craig queria cena de tortura de Casino Royale mais brutal

Um método que se tornou muito comum na indústria cinematográfica, a reinicialização tomou conta trazendo novas versões de diversos filmes, e nem James Bond fugiu a regra.

Depois de ter deixado os fãs um tanto quanto decepcionados em 2002, com 007: Um Novo Dia para Morrer, a franquia precisa de uma mudança drástica, precisava recomeçar e fez isso com Casino Royale.

Já tendo alguma experiência em recomeçar, desde 007 contra GoldenEye, que foi muito bem-sucedido inclusive, a escolha de reinicializar ficou mais fácil e a ter Martin Campbell como o diretor a repetir essa empreitada ficou óbvia.

E como previsto Campbell fez o raio cair duas vezes no mesmo lugar, fazendo um trabalho brilhante em Casino Royale, que se estabeleceu como o melhor e mais diferente filme de espionagem da franquia, com reconhecimento global.

O filme também comprovou que Daniel Craig tinha chegado para ficar, assumindo de forma perfeita o papel do de James Bond desde a abertura do longa numa sequência contundente, que deixou claro que esta versão do espião mais famoso faria um trabalho ainda melhor do que os anteriores.

Cena de Casino Royale (Reprodução)

Descobriu-se recentemente, que uma das cenas mais marcantes e chocantes de Casino Royale, na qual Bond é torturado por Le Chiffre poderia ter sido ainda mais brutal se dependesse de Daniel Craig.

Durante uma entrevista, Mads Mikkelsen, intérprete do vilão Le Chiffre, contou que ele e Craig se empolgaram um pouco durante a filmagem da cena, a levando para um lado bem mais sombrio e violento do que o roteiro indicava.

“Houve algumas vezes em que Daniel Craig e eu fomos um pouco longe na mesa, discutindo o que a cena poderia fazer. Foi uma cena em que o torturei e ele ficou nu na cadeira, o que foi meio radical. Nunca vimos Bond nu e nunca o vimos tão frágil e, obviamente, há alguns tons com a corda”, ele relembrou.

Segundo o ator, ele e seu colega de cena precisaram ser lembrados pelo diretor que estavam fazendo um filme de 007 e ele não era o tipo de filme que trazia cenas tão pesadas.

“Estávamos discutindo como abordá-lo. E nós fomos além com algo que era realmente brutal e insano. A certa altura, Le Chiffre realmente cortou Bond em algum lugar, e ele teve que sofrer com isso por um tempo. A certa altura, o diretor Martin Campbell estava apenas sorrindo e disse: Rapazes, voltem para a mesa. Este é um filme de Bond. Não podemos ir lá. Estávamos perdidos em nosso mundo indie, certo? Você tem que respeitar isso. É um filme de Bond. Essa é a estrutura que você precisa entender”, ele descreveu.

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