CRÍTICA: Boo, Bitch é boba, cheia de clichês e facilmente esquecível

Série mistura temas adolescentes batidos com vida após a morte de forma cômica

Mais um produção da Netflix voltada ao público jovem, Boo, Bitch tem um rosto já conhecido e adorado, a estrela da franquia Para Todos os Garotos que Já Amei, Lana Condor, que divide a cena com, a um pouco menos famosa, Zoe Colletti.

Na minissérie de apenas oito episódios, o público acompanha os últimos meses de Ensino Médio das duas adolescentes deslocadas Erika e Gia, que resolvem criar lembranças antes de se formar.

Após uma festa, um acidente bizarro com um alce acaba levando uma delas à morte e é a partir daí que toda a loucura começa.

Zoe Colletti e Lana Condor em cena de Boo Bitch (Divulgação?Netflix)

Erika não se sente morta, é vista por todas as pessoas, e sente coisas normais de pessoas vivas, como vontade de fazer xixi, o que a deixa completamente confusa, afinal, se ela morreu, por que isso tudo está acontecendo?

Junto com Gia, e a ajuda de alguns colegas com um maior entendimento sobre morte e espíritos que não ascenderam, ela conclui que tem uma questão a resolver, para que possa deixar o plano terreno e, depois de muitos enganos, ela define que é o baile.

Tudo seria mais ou menos plausível, apesar de bobo, se não fosse o detalhe de ela ser um fantasma que não se parece com um, já que nada parece ter mudado a não ser uma suposta influência dela em redes elétricas e aparelhos eletrônicos.

Zoe Colletti e Lana Condor em cena de Boo Bitch (Reprodução/Youtube)

No meio de toda confusão, Erika consegue ficar com Jake C. (Mason Versaw), seu crush desde o primeiro ano do Ensino Médio, mas ao invés de aproveitar o tempo com ele, começa a estragar tudo por uma busca desenfreada por mais tempo, nada de novo.

É também essa loucura em querer prolongar seu tempo na terra que acaba a afastando de sua melhor amiga Gia, que ela vai deixando de lado quando descobre que, supostamente, se ela se tornar popular, ela não ascenderá e começa a andar com as meninas populares de quem falava mal.

A transformação da menina certinha e nerd na popular e cruel é um pouco forçada, apesar de clichê, por ser de um dia para o outro, assim como o retorno para a personalidade inicial.

Boo, Bitch (Divulgação/Netflix)
Boo, Bitch (Divulgação/Netflix)

A série é uma perfeita salada de clichês de programas adolescentes: as meninas deslocadas querendo andar com os populares, o desejo por um dos garotos mais populares da escola, que claro que namora com a menina mais cruel do lugar, e o baile como um evento muito importante no enredo.

Aí entra o toque sobrenatural da morta andando entre os vivos. Algumas piadas da série até fazem rir, mas não gargalhar e uma reviravolta, que não foi uma total surpresa, pois uma parte dela parecia óbvia.

Boo, Bitch é tipo aqueles filmes bobinho da Sessão da Tarde que você vai assistir porque não está afim de procurar outra coisa e só quer se distrair, não é ruim, mas não é bom o suficiente para ser lembrado, vale como descontração.

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