Continência do Amor | Equipe do filme se pronuncia após polêmica racista

A produção vem sofrendo ataques dos internautas que afirmam que a história tem falas problemáticas

O drama romântico, Continência ao Amor, estreou há pouco tempo na Netflix e não demorou para estar entre os top 10 da plataforma. Mas apesar do sucesso no mundo todo, o longa recebeu várias acusações, entre elas, de que era uma produção racista.

A trama, que foi inspirada no livro homônimo de Tess Wakefield, narra a história de uma cantora de bar que faz um acordo com um militar que está prestes a ir para a guerra; os dois se juntam para receber benefícios do exército.

No entanto, depois de iniciarem um relacionamento de fachada, eles acabam se apaixonando de verdade.

A polêmica surgiu em torno do personagem Luke (Nicholas Galitzine), que protagoniza o filme ao lado de Carson (Sofia Carson). Para o público, ele tem falas problemáticas, que dão voz a discursos de ódio.

‘’Não entendo como as pessoas podem romantizar Continência ao Amor. Vocês não perceberam a propaganda machista, racista, islamofóbica, republicana e militarista do filme’’, escreveu um internauta.

Nicholas Galitzine e Sofia Carson em Continencia ao Amor (Reprodução/Netflix)

Porém, de acordo com a diretora Elizabeth Allen Rosenbaum, a ideia era justamente construir um personagem que pudesse se reconstruir ao longo da trama, para mostrar como o amor ia nascer em cima do ódio entre eles.

Intenção era a descontrução do personagem

‘’Espero que as pessoas entendam que para que os personagens cresçam, eles precisam ser falhos no começo. Então nós criamos intencionalmente dois personagens que foram criados para se odiarem. Eles são falhos no início e isso foi intencional. Para que o coração vermelho e o coração azul fiquem roxos, você tem que deixá-los meio extremos’’, explicou.

A cineasta disse ainda, que a intenção é mostrar como os fatores externos contribuíram para que algumas ideias sejam instaladas, e que só a força do amor é capaz de romper certas barreiras.

‘’Ambos foram negligenciados pelo sistema; ele está ferido de uma guerra que parece não terminar e ela está escorregando pelas rachaduras do sistema de saúde. Nessas circunstâncias extremas, aprendem a se tornar mais moderados, a ouvir um ao outro e a amar’’, defendeu.

A atriz Sofia Carson também se pronunciou sobre os comentários e afirmou que a produção tem tocado pessoas no mundo todo.

‘’O que eu acho que aprendi a fazer como artista é me separar de tudo isso e apenas ouvir o que o mundo está sentindo e reagindo com o filme. Tantas pessoas se sentiram ou se sentirão confortadas por ele. Isso é tudo o que poderíamos querer como cineastas e artistas’’, disse.

Continência ao Amor está disponível na Netflix.

Nicholas Galitzine e Sofia Carson em Continência ao Amor (Reprodução/Netflix)

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