Cavaleiro da Lua | O que os Deuses Egípcios têm a ver com os Eternos?

Os deuses do Universo Cinematográfico da Marvel se orgulham da autoridade que possuem sobre os humanos, porém nunca usam seus poderes para ajudá-los.

No terceiro episódio de Cavaleiro da Lua, esse conceito foi reforçado quando os deuses egípcios explicaram seu papel na história da humanidade, e eles se assemelham à ideologia dos Eternos.

Quando Marc Spector é convocado para uma reunião com o restante dos deuses para apresentar seu caso contra Arthur Harrow, que está em seu caminho para desenterrar o túmulo da deusa Amit, ele se depara com Hórus, Ísis, Tefnut, Osíris, Hathor e, obviamente, Khonshu.

Falando de maneira furiosa através de Marc, seu avatar, Khonshu acusa os outros deuses de haverem abandonado a humanidade. Entretanto, eles respondem que foi a humanidade quem os abandonou, e explicam que é por isso que utilizam avatares humanos para realizarem seus propósitos como deuses.

Acontece que essa ideia de haver um poder superior que ignora os sofrimentos e guerras da humanidade não é exatamente nova no MCU. Isso também aconteceu com os Eternos.

Depois de derrotar o último dos Deviantes em 1521, o grupo ficou em desacordo sobre suas responsabilidades para com a humanidade. Foi por isso que Ajak sugeriu que eles completassem a missão de proteger os humanos dos Deviantes, porém não deveriam intervir em nenhum outro assunto até que Arishem, o Celestial, dissesse que eles poderiam voltar para casa.

Barry Keoghan como Druig em Eternos (Reprodução)

Sem que os demais Eternos estivessem cientes, Ajak e Ikaris sabiam que sua verdadeira missão era preparar a Terra para a Emergência, o que resultaria no nascimento de um Celestial que causaria a dizimação da humanidade.

Druig foi o Eterno que se opôs a Ajak e até chegou a usar seus poderes de controle mental para manipular os humanos e os levar a fazerem as pazes uns com os outros.

Sua natureza incompreendida o levou a criar sua própria comunidade na floresta amazônica, onde encontrou um sentimento de pertencimento e família que perdeu quando deixou os Eternos.

Konshu em Cavaleiro da Lua
Konshu em Cavaleiro da Lua (Divulgação/ Marvel Studios)

É justamente aqui que está o ponto de conexão entre os Eternos e os Deuses Egípcios da nova série.

De uma forma relativamente estranha, Khonshu é como o Druig dos deuses egípcios. Ainda que ele seja um ser rancoroso e irritante, é no seu comportamento hostil que ele parece comunicar seu ponto fraco pela humanidade.

Enquanto o objetivo de Amit é livrar o mundo do mal, isso significa matar humanos com base em suas ações passadas, presentes ou futuras que sejam consideradas perversas.

Entretanto, o que é definido como o mal para ela? Não é possível que uma pessoa tenha a capacidade de mudar? Talvez sejam essas as perguntas que Khonshu se faz.

Isso significa que ele está ainda mais no lado moralmente justo da balança do que os outros deuses.

Uma possível prova disso é que, ao final do terceiro episódio, ele se sacrifica para ser banido, mas manipula o céu para que Steven Grant e Laylan possam encontrar o caminho até a tumba de Amit, o que seria equivalente à decisão dos Eternos quando desobedeceram a vontade de Arishem e impediram a Emergência e destruição da humanidade.

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