Música clássica da Barbie não vai estar no filme? O que está acontecendo?

Grupo Aqua, que fez sucesso nos 1990 já foi processado pela Mattel, dona da marca Barbie

Desde que o filme da Barbie estrelado por Margot Robbie foi anunciado muitas questões surgiram. Uma delas foi a discussão se a música Barbie Girl da banda Aqua faria parte da trilha sonora do filme.

De acordo com a Variety, a famosa música não estará no longa-metragem. “A música não será usada no filme”, disse Ulrich Møller-Jørgensen, que gerencia a vocalista do Aqua, Lene Nystrøm.

Møller-Jørgensen não deu mais explicações do por quê o hit da banda pop dinamarquesa não estará em Barbie. Contudo, já houve um conflito entre Aqua e a empresa de brinquedos Mattel, que criou e possui a marca Barbie.

Depois que Barbie Girl se tornou um fenômeno em 1997, vendendo mais de 1,4 milhão de cópias nos EUA e ficando em primeiro lugar nas paradas de singles do Reino Unido por quatro semanas, a Mattel entrou com uma ação contra a MCA Records (agora parte da Universal Music), que distribuiu a música nos EUA, por violação de marca registrada.

A Mattel, que estava preocupada que a música pudesse prejudicar a marca Barbie, estava descontente com o que eles consideravam ser a letra sugestiva da canção, descrevendo a música como sendo sobre “uma boneca Barbie promíscua cantando em um tom de paquera” e um “boneco Ken licencioso respondendo ‘beije-me aqui, toque-me ali’”.

Eles também citaram uma cena no videoclipe em que Ken, interpretado pelo vocalista do Aqua, René Dif, acidentalmente arranca o braço da Barbie, interpretada por Nystrøm.

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Em resposta, a MCA Records disse que a música era uma paródia protegida pela Primeira Emenda e entrou com seu próprio processo por difamação sobre declarações que um porta-voz da Mattel fez durante o processo.

O porta-voz declarou: “Mesmo que achemos a letra aceitável, estaríamos entrando com este processo porque a música foi publicada e distribuída sem nossa permissão e certamente sem nossa notificação. Eles estão se referindo a essa música como otimista e divertida, e realmente acreditamos que a exploração ilegal da propriedade de outra empresa para ganho comercial não é otimista nem divertida. É roubo”.

O Tribunal Distrital dos Estados Unidos na Califórnia rejeitou as reivindicações de ambas as partes, declarando que “as declarações da Mattel eram uma hipérbole não acionável” e que a música é uma paródia, “zombando dela e dos valores plásticos que ela representa”.

A Mattel tentou apelar, mas sem sucesso. O juiz do Tribunal de Apelações dos Estados Unidos, Alex Kozinski, declarou: “As partes são aconselhadas a relaxar”.

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