Noomi Rapace conta que ficou traumatizada ao gravar seu filme mais famoso

Noomi Rapace, estrela de Os Homens que Não Amavam as Mulheres (The Girl With the Dragon Tattoo), falou sobre como sua experiência no filme foi como se afogar em um trauma.

Baseado no romance de sucesso do autor sueco Stieg Larsson, Os Homens que Não Amavam as Mulheres foi lançado em 2009 e se tornou um sucesso global, arrecadando US$ 104 milhões em todo o mundo com um orçamento de apenas US$ 13 milhões.

O filme gerou duas sequências, também adaptadas dos romances de Larsson, A Menina Que Brincava com Fogo e A Rainha do Castelo de Ar, ambos lançados em 2009.

Os Homens que Não Amavam as Mulheres segue a agente de vigilância freelance e hacker Lisbeth Salander, que é recrutada por um rico benfeitor (Sven-Bertil Taube) para investigar os antecedentes do jornalista Mikael Blomkvist (Michael Nyqvist), que ele posteriormente contrata para investigar o desaparecimento de sua sobrinha.

O filme dirigido por Niels Arden Oplev tratou de temas sombrios e traumáticos, e Noomi Rapace, que conquistou destaque internacional por seu papel, falou sobre o impacto que teve em sua carreira.

Em uma entrevista ao The Guardian, Rapace mencionou como trauma, dor e tristeza se tornaram sua carteira de identidade, e que o filme foi uma experiência pela qual ela teve sentimentos confusos. As pessoas, ela disse, muitas vezes a confundem com seu personagem:

“Eu não quero ser a fodona. Eu até odeio a palavra. As pessoas estão sempre me lançando coisas, ‘Ela é tão foda, ela é tão você…’ Fazer aqueles filmes foi como se afogar em um trauma. Isso significava que o primeiro tecido conectivo entre mim e o mundo foi dor por muitos anos. Dor e tristeza eram como minha carteira de identidade. Agora me curei muito. Talvez não seja mais leve, mas diria que permito mais cores em mim. Sinto o verniz, o escudo que construí desde a infância, está lentamente descascando. Estou viva agora, em vez de sobreviver”.

Noomi Rapace em Os Homens que Não Amavam as Mulheres (Reprodução)
Noomi Rapace em Os Homens que Não Amavam as Mulheres (Reprodução)

Os comentários de Rapace parecem sugerir que, embora ela seja grata por Os Homens que Não Amavam as Mulheres e pelo que isso fez por sua carreira, o projeto foi desgastante para ela, tanto pessoal quanto profissionalmente.

O trauma e a dor que acompanharam seu papel mais famoso tiveram um preço, mas parece que ela está trabalhando nisso. Tendo conseguido desenvolver um catálogo internacional de sucesso, parece claro que a carreira de Rapace está crescendo cada vez mais.

E enquanto Lisbeth Salander será um papel para sempre associado a ela, parece improvável que ela tenha qualquer interesse em revisitar o personagem, ou Os Homens que Não Amavam as Mulheres novamente, mesmo na planejada reinicialização do Amazon Prime Video.

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