Atriz de The Handmaid’s Tale se enfurece com lei americana sobre aborto

Segundo Elizabeth Moss, a realidade está se aproximando demais da série e fazendo mulheres perderem direito ao próprio corpo

Elisabeth Moss, protagonista de The Handmaid’s Tale abriu o coração e fez um desabafo sobre a dificuldade de ler notícias na vida real que se parecem com a série.

Tudo começou quando um rascunho vazado da Suprema Corte americana mostrou a opinião de um juiz sobre o direito de aborto nos Estados Unidos. A atriz que estava com seus colegas de elenco gravando a série levantou o assunto nas redes sociais.

Segundo ela, os direitos reprodutivos das mulheres e o direito à decisão sobre o que fazer com o próprio corpo estava ficando em segundo plano, fazendo com que o estado controlasse isso, algo que acontece no universo de The Handmaid’s Tale.

“Foi sombrio no set quando vimos aquilo, desanima, mas você tem que começar a trabalhar e fazer o dia. É sempre uma coisa estranha para nós [ver a realidade se aproximar da série]. Não é uma coisa agradável. Não é algo que nos empolga, e quando seu personagem é usado como exemplo de algo que está acontecendo na vida real. Não é algo que nos dê prazer”, declarou ela em entrevista ao podcast Little Gold Men.

Elisabeth Moss
Elisabeth Moss (Reprodução)

A atriz que também é produtora executiva da série explicou como tem sido continuar filmando a série que se transformou em símbolo cultural duradouro de resistência e desigualdade de gênero.

A quarta temporada mostra June de Moss escapando de Gilead rumo ao Canadá, participando do assassinato de seu ex-guardião,  o estuprador Fred Waterford, vivido pelo ator Joseph Fiennes. 
Segundo Moss, a quinta temporada analisará como é a liberdade após o trauma e a vingança.
“Isso nos deixa felizes e orgulhosos por estarmos fazendo um show que achamos relevante, que estamos fazendo um show que sentimos que diz coisas que precisam ser ditas. Eu gostaria que deixasse de ser tão relevante, no entanto. Eu vou te dizer isso”, acrescenta a atriz.
Cena de The Handmaid’s Tale (Reprodução)

Elisabeth Moss diz que “parto forçado é escravidão”

Segundo a produtora, o fato ocorrido na justiça americana tem sido um “combustível” criativo para ela e seus colaboradores, uma vez que foi abruptamente jogado na pauta.

“É gratificante fazer algo que você sente que está dizendo algo que talvez as pessoas deveriam estar ouvindo agora, mas também acho que nossa relevância se deve a Margaret Atwood. O livro que ela escreveu em 1985, que foi há algum tempo, continua relevante e continua importante. Devemos muito disso a ela. Ela falou sobre como a história é cíclica, e ela falou sobre como essas coisas se repetem. E isso é muito, muito verdade”, explicou.

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