Atriz de Glee acredita que série teria sido importante na sua adolescência

Em entrevista ao The Guardian, a atriz Jane Lynch, que interpretou a vilã Sue Sylvester na série Glee, comentou revelou que ela acredita que o programa poderia tê-la ajudado se ele tivesse ido ao ar quando ela era adolescente.

Para ela, teria sido um verdadeiro alívio ter algo com o qual ela pudesse se identificar na televisão. Além disso, a atriz acredita que teria sido importante para outros adolescentes da sua idade também.

“Teria sido um alívio. Se eu tivesse algo como Glee, onde fossem histórias com as quais você pudesse se relacionar em um nível profundo, que talvez como uma pessoa no ensino médio você não pudesse expressar, sim, eu adoraria. Não quero exagerar, mas acho que realmente pode ter ajudado muitos adolescentes.”, disse ela.

Sue (Jane Lynch) em Glee (Reprodução)
Sue (Jane Lynch) em Glee (Reprodução)

Apesar de várias falhas no enredo e nas falas de alguns personagens, a série se tornou notável pela maneira como discutiu questões LGBTQ+ e abriu portas que ainda não tinha sido abertas na TV.

O personagem Kurt Hummel, por exemplo, interpretado pelo ator Chris Colfer, não era apenas uma caricatura de um adolescente gay. Ele tinha conflitos reais ao mesmo tempo em que conseguia ser engraçado, falho e profundo.

Sua história de revelar sua sexualidade para seu pai e seu relacionamento com Blaine foram momentos de destaque que, certamente, se relacionam com a vida de muitos adolescentes gays.

Na série também havia relacionamentos lésbicos, com personagens que também ganharam destaque – como Santana, interpretada por Naya Rivera, e Brittany (Heather Morris).

Para Lynch, que teve que passar por vários conflitos em razão de sua identidade sexual na adolescência, isso provavelmente teria sido uma fonte de representação, como foi para muitas pessoas que assistiram – e ainda assistem – à série.

O legado de Glee permaneceu, e a declaração de Lynch mostra como a representação de grupos minoritários na mídia ainda é importante.

Atualmente, outras produções, como Sex Education, da Netflix, também abordam questões semelhantes e discutem assuntos pertinentes com o público, mas o fato de Glee ter contado uma história inovadora, apesar de ser relativamente recente, é um bom indicador de que a arte também tem seu papel de alcançar pessoas e promover transformações no modo de pensar da sociedade.

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