Amor no Espectro: Novo reality da Netflix faz público entender sem firulas o que é o autismo na prática

Showrunner afirma que reality show leva mais conhecimento sobre pessoas no espectro ao público

Lançado na última quarta-feira (18), o reality show em formato de documentário Amor no Espectro, não só mostra que o amor é para todos, mas quebra todos os estereótipos que giram em torno das pessoas que vivem no espectro autista, segundo seu showrunner.

O programa na realidade é uma versão americana de um reality show australiano criado por Cian O’Clery, que conversou recentemente com o site americano CinemaBlend sobre a importância do programa, considerando como ele já ajudou as pessoas da comunidade autista.

“Tivemos muitas pessoas que entraram em contato de todo o mundo, escrevendo e nos dizendo o quão grande eles achavam que esta série era e eu acho que isso é a coisa mais importante. E eu acho que a razão pela qual as pessoas estão realmente felizes com isso é porque dá voz aos nossos participantes”, ele começou explicando.

Ele prosseguiu destacando que a série fez o público entender um pouco melhor o que é viver no espectro autista, algo que tem sido retratado na televisão e cinema, mas não o suficiente para levar um real conhecimento às pessoas.

“São eles contando suas histórias em suas vozes e é conhecer pessoas reais no espectro. Tem havido muitos personagens no espectro e se eles não conhecem pessoas no espectro, então eles se prendem ao que está no mundo do entretenimento, o que está na TV e nos filmes”, ele disse.

Cena do trailer de Amor no Espectro (Reprodução/Youtube)

O showrunner ressaltou que o programa acaba dando uma visão mais ampla de pessoas dessa comunidade, pois mostra que as pessoas que vivem no espectro são mais comuns do que a maioria das pessoas pensavam.

“Então foi uma grande oportunidade para apresentar às pessoas um grupo realmente diversificado de pessoas. Essa é a melhor coisa sobre a série para mim e eu acho que a coisa mais importante vindo para esta série dos EUA também é mostrar o quão diversificado o espectro é”, ele salientou.

Ele acrescentou que teve a sorte de contar com pessoas incríveis no elenco das duas temporadas australiana, que fizeram a comunidade autista ser vista com outros olhos.

“É ótimo ter alguém como Kaelyn que muitas pessoas diriam “Oh, eu não poderia dizer se ela está no espectro ou eu não saberia”. E é muito importante ter essa diversidade e que as pessoas realmente entendam isso. Acho que é por isso que as pessoas têm apreciado porque está dando vozes a pessoas reais”.

“Não estamos tentando dizer a ninguém o que pensar sobre autismo. [A série] é muito leve na narração e é por isso que temos aquelas entrevistas onde as pessoas olham diretamente para a câmera porque estão nos contando suas histórias e estão nos contando como veem o mundo”, ele concluiu.

Os seis episódios da 1ª temporada de Amor no Espectro EUA já estão disponíveis na Netflix.

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